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fotUm relatório de monitoria das actividades do laboratório de conservação e restauração do Arquivo Histórico de Moçambique deu nota positiva ao estágio de implantação das actividades. A monitoria acontece cerca de 10 meses após o inicio do funcionamento desta importante aposta da Direcção do AHM que data desde 2004, com a criação da repartição de conservação e restauro. Nesse ano, o Director do AHM apostou na montagem de um laboratório para a repartição responder  à grande necessidade do próprio arquivo com muita documentação que reclama intervenção de restauração e prevenção.

Na sequência deste objectivo, em 2010, foi assinado um protocolo no âmbito da cooperação entre Moçambique e Brasil, do qual resultou o "Projecto de Apoio à Implementação do Sistema Nacional dos Arquivos do Estado", que incluía o  financiamento pela Agência Brasileira de Cooperação de um Laboratório de Conservação e Restauro no Arquivo Histórico de Moçambique.
O Laboratório foi construído e, em 2011 dois técnicos do AHM deslocaram-se ao Brasil para um estágio de capacitação técnica de três semanas no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. Em Março de 2015 chegaram os equipamentos e, em Outubro do mesmo ano iniciou a implantação das actividades, antecedida por mais uma capacitação dos técnicos do AHM pelas técnicas brasileiras, Lúcia Peralta, coordenadora de Preservação do acervo, e Lídia Cristina Guimarães, supervisora de conservação/restauração do Arquivo Nacional do Brasil.
De 20 Junho a 8 de Julho do corrente ano foi a vez de as facilitadoras atrás referidas monitorarem as actividades laboratoriais implantadas na capacitação de Outubro de 2015. A monitoria começou no “Barracão”, edifício onde estão guardados os acervos iconográficos e cartográficos da instituição, localizado na Avenida 25 de setembro anexo a Biblioteca Nacional de Moçambique. Seguiu-se depois a visita ao Campus da UEM, onde está localizado o Laboratório de Conservação e Restauro e, o maior depósito de documentação primária sob custódia do AHM. Verificou-se que as actividades estão fluindo muito bem. Exemplo desta avaliação positiva é o tratamento do Fundo arquivístico Inspeção dos Serviços Administrativos e dos Negócios Indígenas que já foi higienizado e acondicionado, perfazendo um total de 100 caixas e já foi iniciada a higienização do Fundo da Administração do Conselho de Chibuto, com 660 caixas.
Na conclusão do relatório a equipa de monitoria refere “existe uma conscientização do Arquivo Histórico de Moçambique em conservação preventiva, já que as actividades de higienização e organização dos depósitos estão sendo muito bem realizadas. Há um trabalho conjunto entre a preservação e a gestão de documentos, mostrando uma unidade das equipes em trabalharem em prol da preservação do acervo. Todo o conhecimento adquirido nas etapas do Projeto está sendo muito bem multiplicado, com a promoção de palestras e cursos em Maputo e em outras Províncias de Moçambique”.